Companhia de Ca̤adores 606 РMo̤ambique 1964/1966

História da Unidade – Mobilização e Deslocamento para a Região Militar de Moçambique 

     A Companhia de Caçadores mobilizada pelo Batalhão de Caçadores 5 – LISBOA – embarcou em LISBOA a 21 de Janeiro de 1964, tendo chegado a Lourenço Marques a 14 de Fevereiro de 1964. Era constituída por 168 militares.

     A Companhia desembarcou em Nacala em 19 de Fevereiro de 1964, de onde seguiu para Namialo sua base inicial. Integrada no B CAÇ 608 passou a constituir a reserva da RMM.

                                                 

                                                                  Estação e Quartel em Namialo

   Em Maio de 1964 destacou um Pelotão para a Ilha de Moçambique, que ali se manteve até   Dezembro.                                                                                    

     Nesta primeira fase a actividade foi orientada no sentido de elevar o nível operacional das Sub-Unidades e manter-se em condições de, como força de intervenção, actuar em qualquer ponto da RMM.

     A fim de proteger as obras de interesse militar, em curso na região do Chai, foi, em Setembro de 1964, destacado para ali um Pelotão. Finda esta missão o Pelotão regressou à base, em Janeiro de 1965.

      Logo em Fevereiro de 1965 marchou a Companhia para Mocimboa do Rovuma, onde, sob o controle operacional do B CAÇ 558, actuou naquela região. Ainda no mesmo mês deslocou-se para a região de Macomia, voltando à dependência do B Caç 608 e desenvolvendo intensa actividade operacional.

     Cumpridas estas missões, regressou a Companhia à sua base no Namialo, mas por pouco tempo, pois, em Abril de 1965, deslocou-se para Diaca onde montou base. Em Dezembro de 1965 foi rendida, regressando a Namialo, passando a constituir força de intervenção. Passando a estar preparada, para actuar em qualquer ponto.

     Marchou para Nampula em fevereiro de 1966, ficando ao dispor do Comando. Destacou um pelotão para Mecuburi e Maúa, regressando a Nampula para manter a actividade operacional anterior até ao seu regresso à Metrópole.

     Se a Companhia do Aço te diz algo, meu camarada, fica sabendo, que desde 1990,todos os anos nos encontramos em convivio, de Norte a Sul do país.

O “Costa Pereira” sempre teve o cuidado de registar os momentos mais significativos, no tempo em que foi militar. Na sombra do cajueiro, construí moveis e arcas.                                                                            No meu sótão está guardada uma arca cheia de recordações, das quais desejo elaborar um trabalho, para recordar algumas passagens juntando fotografias da época.

             

    Corria o ano de 1990 e aproximando-se as BODAS-DE-PRATA, comecei a trabalhar na divulgação para encontrar os meus camaradas  dispersos pelo mundo.

    Enviei uma carta ao locutor Paulo Medeiro, da rádio antena 1, para que divulgasse no programa de sua autoria, o interesse que tinha em encontrar os meus camaradas, para se juntarmos e festejar-mos as BODAS-DE PRATA.

     Foi com esta noticia que comecei a receber os primeiros contactos para se organizar o 1º encontro, que só foi possível juntarmos em 1991, pouco mais de uma dúzia de camaradas em Santo Tirso,  mas  desta vez o registo foi gravado em video, assim como os anos seguintes para enriquecimento das recordações já existentes. No ano de 1992 também se reunimos com um grupo pequeno, mas foi em 1993 depois de 27 anos da chegada a Lisboa, que se efectuou a maior concentração em Santo Tirso.

     Que a força da Companhia do Aço, transmita a cada elemento, vontade de estar presente em mais um convívio de saudade pelos ausentes,  de amizade aos presentes.

     Em 2006 e 2007, foi em Arganil, organizado por mim Costa Pereira.     

   

    Quando organizei o convivio em Arganil, nas ligações telefonicas que tive de efectuar aos vários camaradas, atrasados na inscrição, aconteceu um caso digno de recordar: “do outro lado da linha alguém me transmitiu que o camarada tinha falecido” com saudade registei o acontecimento, na missa e na presença de todos, foi oferecida Acção de Graça a todos os falecidos”. No ano seguinte um dos defuntos” ressuscitou “comparecendo ao convivio, com grande alegria e surpresa de todos os presentes.

    Naturalmente, com a idade que temos, quase todos nos dedicamos a pequenas ocupações caseiras e não só. 

     Terminei meu processo de 9º ano no curso de RVCC, levando-me ao 12ª ano.

     Nunca se deve dizer “nunca” deve-se ter sempre pensamentos positivos, para seguir em frente.

   

    

Todos os anos nos concentramos no mês de Junho e sempre a 19 ou o mais próximo possivel. Este ano é dia 14 que se realiza o convivio para se saber como cada um e sua família passou e se conviver para recordar mais um ano.         

Do tempo de tropa, guardei no meu baú das memórias várias centenas de fotografias e algumas bobines de gravações que enviava para os pais e estes para mim.

 

Algumas fotografias dos nossos convívios mais recentes:

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